Como Amar o Cristo Invisível

Nunca será demais sempre recordarmos que o Deus único e verdadeiro que servimos é invisível, e que todas as realidades espirituais relativas ao seu reino são também invisíveis. A fé não necessita de qualquer apoio visível para ser firmada e aumentada, ao contrário, as coisas visíveis em relação à fé tendem à idolatria, e por conseguinte, a extingui-la.

Amamos o Cristo invisível, disse o apóstolo PedroI Pe 1.7,8.
Moisés declarou expressamente que o povo de Israel não havia visto qualquer aparência de Deus quando ele entrou em aliança com eles no Monte Sinai, de modo a desencorajá-los de qualquer adoração que não fosse dirigida exclusivamente à Sua pessoa, Deut 4.12,15.
Nosso Senhor deu a seguinte ordenança à sua Igreja:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e doEspírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” (Mat 28.19,20)
O discipulado é para Cristo e não para os próprios ministros. Ninguém deve fazer discípulos para si mesmo, e nem lhes ensinar para a própria conveniência e interesse, senão fazer discípulos para Cristo em relação a tudo o que ele nos tem ordenado na Sua Palavra para ser guardado por nós.
É portanto lamentável que tantos incentivem pessoas a serem suas seguidoras, por saberem dessa fraqueza da natureza carnal humana de buscar apoio no que é visível para o exercício de sua devoção religiosa.
É um triste engano pensar que é mais conveniente firmar a fé em pessoas, porque são visíveis, do que em Cristo, que não vemos com os olhos da carne, e que pode ser somente conhecido em espírito com os olhos da fé.
Por isso os próprios apóstolos de Cristo se afadigavam no ensino da Palavra de Deus, porque sabiam o quão danoso seria para os cristãos tornarem-se, eles próprios, o fundamento da sua fé. O que eles fizeram deve ser imitado por todos os ministros do Senhor, que têm o dever de se afadigarem na Palavra para apresentarem ao povo somente a Cristo, e este crucificado.
Não é nossa missão apresentarmo-nos a nós mesmos, senão somente Aquele que morreu e ressuscitou por nós.

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