“O que está farto despreza o favo de mel; mas para o faminto todo amargo é doce...” (Provérbios 27:7)
Nós, seres humanos, temos uma capacidade incrível de acostumar-nos ao que é bom e logo deixar de dar valor ao que temos, nos esquecendo do que não tínhamos anteriormente. Se antes andávamos a pé, quando chegamos a ter uma moto, nos esquecemos dos dias passados e logo começamos a reclamar se algo não vai bem com a moto ou se tomamos um pouco de chuva. Depois, se conseguimos comprar um carro, por pior que seja, nos alegramos durante algum tempo por isto, mas rapidamente nos esquecemos de como andávamos antes e, se o carro começa a dar problemas, já reclamamos algo melhor.
Sempre achei que temos que buscar melhorar em tudo na vida e, sinceramente, creio que esta é a vontade de Deus. Porém, o que estou tentando mostrar é que o ser humano, desde o Éden, deixou de dar valor ao que possuía e só depois de padecer o amargo do pecado voltou apreciar sua anterior condição.
Na vida espiritual isto pode trazer maiores conseqüências que na vida natural. Podemos desenvolver uma relação com Deus, provando do seu amor, da sua graça, do seu poder, da comunhão com seu Espírito e permitir que o nosso coração vá se acostumando com isto. Caminhando desta forma, se não abrimos os olhos, podemos correr o risco de desprezar os favos de mel da sua presença e a riqueza de suas manifestações entre nós.
Para Israel, mel era parte da alimentação diária, mas tratava-se de um item singular. Muitas vezes na Bíblia é mencionado como valioso, não em termos econômicos, mas como algo de que eles não poderiam prescindir. Por exemplo, Deus lhes prometeu uma “terra que manava leite e mel”, a Palavra lhes seria “como mel em suas bocas”, etc...
Eu entendo que a vida cotidiana com Deus precisa ter este valor para nós. Nunca podemos nos sentir fartos, saciados, porque da mesma maneira que ocorre no natural, pode ocorrer no espiritual. Vamos nos acostumando e acomodando em nossa relação com o Pai, sentindo que já temos o bastante e assim desprezamos a doçura de sua presença e de sua palavra.
Para mim, o antídoto contra esta tendência do ser humano é o entendimento de que precisamos estar sempre tomados por uma fome de Deus. Para o faminto, o texto diz que até o amargo, ou seja, até o que é pouco apreciado passa a ter valor.
A verdade é que, por mais que estejamos provando do mover do Espírito, o que desfrutamos são apenas gotas, pois o Senhor ainda não espremeu seus favos sobre nós. O melhor ainda virá!
Jamais podemos nos sentir fartos de Deus. Quando isto ocorre, passamos a buscar em outras coisas e deixamos o melhor para trás.
Saiba que o que você e sua igreja tem provado, em cada reunião, na vida de comunhão, na estrutura da visão, em seus lideres, na pregação da palavra e em tantas outras áreas são gotas de mel que vêm de Deus, uma riqueza que não se encontra em qualquer lugar! Ainda não são os favos porque Deus tem muito mais para fazer, mas é tremendamente precioso. Por isso, mantenham sempre a postura de querer mais do Senhor. Que cada ocasião seja uma oportunidade de provar o doce do céu, como se fosse a ultima vez.
Fonte: http://www.comcrist.org
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