Na história da criação, sabemos muito bem, que no princípio a família usufruía uma felicidade indescritível. O jardim era belo, com suas belas flores multicores e animais diversos, isso proporcionava aos olhos uma imagem encantadora.
O canto das aves se confundia com o barulho da brisa suave, que mais parecia um sussurrar, e isso formava uma melodia encantadora, que causava uma sensação incomparável de bem estar e felicidade.
Mas, o mais belo e valioso sentimento que a primeira família podia experimentar era a comunhão com o seu Criador, a comunhão com Deus – que todos os dias pela tarde, no fim do dia, vinha visitá-los e falar-lhes pessoalmente, e isso era algo que não podia se comparar a nada na terra.
Mas Satanás, inconformado com sua derrota e percebendo que não podia fazer nada contra a soberania de Deus, achou por bem se levantar contra o que Deus tinha de mais precioso na terra – a família. Trazer-lhe sofrimentos e angustias era o que satanás mais queria, pois assim estaria se vingando de Deus, já que a raça humana possuía a imagem e semelhança do seu Criador.
Satanás foi muito sagaz e por isso se personificou numa serpente, que, ao que parece era um animal muito encantador, e ele fez isso para atrair a Eva e se aproximar dela para que então um diálogo fosse iniciado e seu intento fosse concretizado. Após induzí-la a pecar e conseqüentemente seu marido, o diabo encontrou na raça humana o direito de lhes causar dores e sofrimentos como assim afirmou Jesus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir…” João 10:10. Ao compará-lo ao ladrão, Jesus afirmou que o diabo é um ser de caráter extremamente maligno que está sempre disposto a nos roubar alguma coisa, o que temos de precioso concedido por Deus. Também para tirar a vida de qualquer um tanto no sentido espiritual como no sentido físico, e mais ainda, antes de tirar a vida, procura causar significativas destruições.
Adão e Eva sofreram imediatamente duras experiências ao perceber que haviam sido roubados, tanto os bens que estavam ao seu dispor ali no jardim, como a felicidade que possuía, resultante da comunhão com Deus, e ainda mais, a dura realidade de serem expulsos do jardim, e depois ainda, ter de chorar a morte do seu filho assassinado pelo seu próprio irmão.
Como o inimigo não se contenta com seus feitos, ele continua a utilizar estratégias cada vez mais eficazes no sentido de arruinar a humanidade infringindo sofrimentos às famílias.
E como todo efeito tem sua causa, sabemos que a causa das grandes catástrofes e sofrimentos que tomam conta da humanidade está no afastamento do homem, do seu Criador, algo que vem acontecendo aos poucos.
E Satanás é sabedor de que enquanto mais o homem se afasta de Deus, mais liberdade ele encontra para lhes causar danos. E a cada dia se levanta contra a família com estratégias cada vez mais imperceptíveis e maléficas, no intuito de banalizar as coisas sagradas. E para isso ele utiliza os meios de comunicação em massa para divulgar suas idéias e conduzir o povo cada vez mais para bem longe de Deus. Ele é astuto e mau, portanto, não podemos duvidar da sua capacidade de armar ciladas contra a família.
E uma delas é a negligência dos pais na educação dos filhos e o desrespeito dos filhos para com seus pais, o que resulta em sérios prejuízos. Para ilustrar melhor esta situação vemos o caso de Eli, que era Sacerdote em Siló. E que mesmo ocupando um cargo de grande relevância no reino de Deus e perante o povo, não teve o cuidado necessário na educação dos seus filhos, os quais por não se importarem com a posição de seus cargos, pois também eram sacerdotes, nem com a obediência que era devida ao seu pai; praticavam os mais graves pecados, como está escrito: “Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação. E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas?
Pois ouço de todo este povo os vossos malefícios. Não, filhos meus, porque não é boa esta fama que ouço; fazeis transgredir o povo do Senhor. Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o Senhor, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de seu pai, porque o Senhor os queria matar” (1ª Samuel 2:22-25). Por isso Deus trouxe total destruição sobre toda aquela família.
Eli, quando soube que a Arca de Deus havia sido tomada pelos inimigos e que seus filhos, Ófine e Finéias haviam morrido na batalha, ele, que estava sentado em uma cadeira, caiu para traz, quebrou o pescoço e morreu, (1ª Samuel 4:1-18).
A geração atual está cheia de doutrinas e leis diabólicas que tentam levar os filhos a comportamentos semelhantes àqueles apresentados pelos filhos de Eli, e pais negligentes na educação dos filhos semelhantes a Eli. O resultado desses tipos de comportamentos é uma aversão a Deus cada vez maior e desvios dos seus sagrados princípios, atraindo cada vez mais males, e sérias ruínas ao mundo.
A Solução para a Família
Deus é soberano, e por isso os seus planos jamais serão frustrados. Quando Deus instituiu o casamento e conseqüentemente formou a primeira família, foi com o propósito de adorá-lo, servi-lo e viver eternamente feliz. Por isso, no dia em que satanás derrotou a família no Éden, deixando-a miseravelmente pobre e infeliz; Deus, por sua misericórdia e amor fez uma promessa ao casal:
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
Neste texto, Deus promete a derrota de satanás, (Serpente), e a vitória de Jesus, (Descendente da mulher), que ferirá a cabeça da serpente; a derrota dos seguidores de satanás e a restauração e vitória dos seguidores de Jesus. E ainda, Deus veste o casal com roupas confeccionadas com peles de animal, indicando profeticamente que alguém no futuro teria que morrer para vestir espiritualmente o homem, não somente vesti-lo, mas restaurá-lo completamente “E fez o SenhorDeus a Adäo e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu” (Gênesis 3:21); devolvendo a comunhão com Deus, o lar que havia sido perdido, a felicidade e tudo de bom que Deus preparou para aqueles que o amam.
Como escreveu Paulo dizendo: “Mas, como está escrito: As coisas que os olhos não viram, e os ouvidos não ouviram, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1ª Coríntios 2:9)
Durante toda a história da humanidade, o trabalho de Deus sempre foi no sentido de restaurar o homem, restaurar a família da sua condição de miséria; e por isso, instituiu leis que garantissem a proteção da criança, do idoso, da mulher, etc., e isso tudo se vê a partir das leis instituídas por Moisés, algumas delas ratificadas por Jesus e ensinadas pelos apóstolos. Deus e o diabo sabem muito bem do valor que a família representa para a sociedade e a Igreja, por isso enquanto satanás procura deteriorá-la o máximo que pode; Deus, por outro lado, com o seu amor e misericórdia procura resgatá-la da mão do opressor e garantir-lhe aquilo que foi perdido pelo primeiro casal.
Por ser a primeira instituição divina o casamento é uma das mais belas; criada com a finalidade de proporcionar bem estar emocional, espiritual, garantir a perpetuação da espécie, enfim, proporcionar condições para a manutenção da subsistência de sua posteridade, e influenciar na ordem e harmonia social. O casamento é tão abençoado que podemos ver que o primeiro milagre que Jesus realizou foi em um casamento, em Caná da Galiléia, quando transformou água em vinho, (João 2:1-11), mostrando aos convidados e aos cônjuges que por mais que a vida esteja arruinada Ele pode transformá-la de forma radical, dando o verdadeiro sentido de viver.
Mas, para que Jesus possa encontrar lugar para a realização do milagre da restauração, é necessário, no entanto, que o homem aceite o seu convite que diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, (Mateus 11:28-30).
Muitas vezes o problema de lares desfeitos e famílias desmoronadas estão presentes no meio da Igreja de Jesus, e isso acontece quando não se faz uma entrega total. São pessoas apenas simpatizantes do Evangelho, mas que não permitiram Jesus fazer morada em seus corações. São pessoas que abriram seus corações apenas para os seus interesses próprios, e não aos interesses do reino de Deus.
Na carta a Igreja em Laudicéia, Jesus deixa claro, que embora aqueles cristãos professassem o seu nome e gozassem de grande prosperidade material, ainda faltava o mais importante que era a prosperidade espiritual e para isso era necessário que eles abrissem à porta do seu coração e permitisse que Ele fizesse morada. Olha o que Ele disse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap.3:20).
Jesus ao se entregar no Calvário como sacrifício a Deus, O fez pela causa da humanidade em geral, que na pessoa de Adão e Eva, havia perdido todos os bens que Deus havia lhe concedido e que até então, vivia exposta aos ataques de satanás. E isso Jesus Cristo fez por amor; e ao morrer e ressuscitar trouxe consigo a bandeira da vitória sobre todos os seus inimigos e inimigos da família, basta tão somente deixar que Ele faça a obra de restauração, entregando-se a Ele de todo o coração. “Porque para Deus nada é impossível” (Lucas 1:37).
Fonte:http://estudos.gospelmais.com.br/
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