Se nenhum dos santos de Deus fosse pobre ou tentado, não deveríamos conhecer muito bem a metade das consolações da graça divina.
Quando encontramos o andarilho que não tem onde reclinar a cabeça,
que ainda pode dizer: “todavia eu vou continuar confiando no Senhor”,
quando vemos o mendigo faminto de pão e sedento de água, que ainda dá
glórias a Jesus, quando vemos a viúva enlutada e oprimida pela aflição,
mas mantendo a sua fé em Cristo, oh! que honra isto reflete no
evangelho.
A graça de Deus é demonstrada e ampliada na pobreza e nas provações
dos crentes.Os santos suportam até debaixo de todo tipo de desânimo,
crendo que todas as coisas cooperam para o bem deles, e que de males
aparentes uma bênção real deve finalmente surgir – porque o seu Deus
trabalhará a libertação deles rapidamente, ou lhes apoiará mais
seguramente na tribulação, contanto que lhe agrade guardá-los na mesma.
Esta paciência dos santos prova o poder da graça divina.
Há um farol em alto mar: é uma noite calma – eu não posso dizer se o
edifício está firme, a tempestade deve bater furiosamente contra ele, e
então eu vou saber se ele vai ficar de pé. Assim sucede, com a obra do
Espírito: se não fosse em muitas ocasiões rodeada com águas
tempestuosas, não poderíamos saber que ela é verdadeira e forte, se o
vento não soprar sobre ela, não poderíamos saber quão firme ela é. As
obras-primas de Deus são aqueles homens que se levantam no meio de
dificuldades, firmes e constantes.
Aquele que quiser glorificar o seu Deus deve se manter firme quando se
deparar com muitas provações. Nenhum homem pode ser notado pelo Senhor a
menos que suas lutas sejam muitas. Se, então, o seu caminho é de muitas
provações, regozije-se, porque você mostrará melhor a graça
todo-suficiente de Deus.
Quanto à sua queda, nunca pense nisto – odeie o pensamento. O Deus que tem sido suficiente até agora, deve ser crido até o fim.
Texto de autoria de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.
Fonte:http://estudos.gospelmais.com.br
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