Como a nossa mente estava naturalmente inclinada para as coisas deste mundo, antes da nossa conversão, e não podia entender as coisas espirituais que são discernidas espiritualmente, há portanto uma necessidade de que a nossa mente seja renovada, no que tange à vida espiritual, por concentrarmos e fixarmos o nosso pensamento nas coisas que são do alto, e não nas que são terrenas, para que possamos obter o crescimento na graça e no conhecimento de Jesus Cristo.
Nós morremos para os rudimentos do mundo, quando nós cremos em Cristo, e a nova vida que nós recebemos está escondida em Cristo, como se vê em Col 3.3, nova vida esta que há de se manifestar em toda a sua plenitude em glória quando Jesus voltar, mas toda vez que Cristo se manifesta em nosso meio, e em nós, a nossa nova vida que está nEle também se manifesta com Ele, como se vê em Col 3.4.
São as paixões e desejos da alma que combatem contra esta nova vida do Espírito.
Daí se dizer que a carne luta contra o Espírito e que o Espírito luta contra a carne.
Toda forma de inclinação carnal, prostituição, impureza, paixões, desejos vis e avareza devem ser mortificados pelo Espírito, para que a nova vida possa se manifestar no nosso caminhar, como se lê em Col 3.5.
A avareza é idolatria, como se diz no verso 5, porque é o desejo de acumular tesouros na terra, e isto se torna um ídolo que toma o lugar da adoração que é devida exclusivamente a Deus.
Mas não é somente a prostituição, impureza, paixões, desejos vis e avareza que os cristãos devem mortificar, como tudo o mais que é relativo à carne, isto é, da natureza terrena decaída no pecado, e por isso o apóstolo disse aos colossenses que eles deveriam também se despojar, isto é, exterminar, mortificar, a ira, a cólera, a malícia, a maledicência, as palavras torpes e a mentira, porque tendo morrido juntamente com Cristo, o velho homem recebeu a sentença de morte e os crentes estão aos olhos de Deus, como tendo sido despidos do velho homem e das suas obras carnais; e vestidos do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento de Deus e da Sua vontade, através do processo da santificação, tanto do espírito, quanto da alma, incluída aí a razão, a mente, a vontade, os sentimentos e as emoções, como também é santificação do corpo, como lemos em I Tes 5.23.
E a meta desta santificação é nos transformar à imagem mesma de Cristo, como se vê em Col 3.8 a 10.
No privilégio e dever da santificação não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou livre, porque Cristo é tudo em todos, uma vez que não há para aqueles que estão nEle qualquer diferença diante de Deus.
Deus santificará pelo Espírito Santo, do mesmo modo, tanto a ricos quanto a pobres, pessoas de qualquer nacionalidade ou condição, desde que elas estejam convertidas e unidas a Cristo.
Esta santificação não consiste somente no despojamento ou mortificação do pecado, das obras da carne relacionadas aqui por Paulo dentre tantas outras, mas principalmente na prática das virtudes que estão em Cristo.
Se o despojamento do velho homem consiste na mortificação das obras da carne pelo Espírito; o revestimento da nova criatura pelo mesmo Espírito consiste na prática da justiça evangélica e das graças e virtudes do Espírito, que chamamos de fruto do Espírito.
Por isso Paulo exortou os colossenses a se revestirem, na condição de eleitos de Deus, sendo santos e amados, de um coração misericordioso, de benignidade, de humildade, mansidão e longanimidade, suportando-se e perdoando-se mutuamente, tendo por modelo o próprio Senhor que nos perdoou.
E além de tudo isto, e acima de tudo, os cristãos devem se revestir do amor, porque não há aperfeiçoamento espiritual sem o amor que procede de Deus e que é fruto do Espírito.
Além de todas estas coisas que devem ser achadas na vida de um cristão, e nele aumentando progressivamente, deveriam também se empenhar para serem achados com a paz de Cristo dominando os seus corações, porque foram chamados para fazerem parte de um corpo, a saber a Igreja do Senhor; assim, em vez de viverem em contendas, deveriam ser agradecidos a Deus pelos seus irmãos em Cristo, por formarem um só corpo com eles.
Mas estas graças não poderiam ser achadas operando neles caso a Palavra de Cristo não estivesse habitando ricamente neles, e em verdadeira sabedoria, pelo ensino e admoestação mútuas, através desta mesma Palavra, através de salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em seus corações, de maneira que tudo quanto fizessem fosse por palavras ou por obras, fosse feito no nome do Senhor Jesus, dando ações de graças por Ele a Deus Pai.
Deus quer ser louvado por Seu grande amor e bondade para conosco, e pela Sua Grandeza e Majestade.
Especialmente quando Ele nos livra dos nossos fardos, canseiras, opressões, e coloca alegria e paz nos nossos corações, devemos expressar a nossa gratidão a Ele com cânticos de louvor ao Seu santo nome.
Fonte:http://estudos.gospelmais.com.br/
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