DESFRUTAR A BÊNÇÃO DA MULTIPLICAÇÃO

Texto Base: 2Rs 4.1-7 “Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao SENHOR. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos. 2 Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. 3 Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas. 4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia. 5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia. 6 Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou. 7 Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.”


O homem foi criado com o poder da multiplicação: Gn 1.28: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”. Este é o desejo de Deus; o Senhor quer que o homem seja produtivo, multiplicador, fértil, que nada lhe falte e que ele exerça domínio sobre todas as coisas.

Mas o inimigo, habilitado pelo pecado do homem e não tendo outro objetivo além de matar, roubar e destruir (Jo 10.10), tem imposto a miséria e o roubo na vida dos homens e de suas famílias.

Sem conhecer ou tomar posse da verdade espiritual da multiplicação, muitos aqui hoje estão vivendo um momento de aflição como aquela viúva, que, além da miséria pela falta de recursos e de provisão mínima para sobreviver, tinha sobre si o tormento de que o “credor” estava para chegar e escravizar o seus filhos. Sua situação e o futuro diante de si eram terríveis.

Mas não importa a situação em que você está, as tuas dificuldades ou as ameaças do inimigo sobre a tua vida, porque Deus pode e quer derramar uma unção de multiplicação sobre a tua casa que não depende de nada que está no mundo. Você já pode até estar “escravizado” (v.1), que Deus vai operar um milagre poderoso de multiplicação na tua vida:

“Como, porém, se aproximasse o tempo da promessa que Deus jurou a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito” (At 7.17).

COMO O DIABO TENTA ROUBAR A BÊNÇÃO DA MULTIPLICAÇÃO

1)     atuação do espírito de morte
A viúva estava vivendo na miséria porque seu marido, o provedor da casa, havia morrido (v.1). Muitos têm vivido a miséria e deixado de viver a multiplicação não porque alguém que lhes provia morreu, mas porque eles mesmos, em suas mentes e atitudes, já vivem como mortos.

O diabo é um espírito de morte (Jo 10.10), e, às vezes, ele provoca maior estrago na família matando os sonhos, a fé, a esperança nas promessas do que se alguém realmente morresse na carne.

O espírito de morte tem como grande arma o medo, mas esta malignidade terrível é vencida pelo amor (1 Jo 4.18)

Sobre você está o espírito de vida (Jo 10.10, segunda parte). Você não vai morrer; antes, vai viver todo o bem que o Senhor tem preparado para você nesta terra. Levante-se, tome pose desta verdade e saia do leito de morte que tema impedido a multiplicação na tua vida.

2) atuação do espírito de rebeldia
Muitos são roubados da bênção da multiplicação porque são aqueles que “não concordam com nada”. Não concordam com a Bíblia (não se santificam, não creem em Jesus, nem em milagres, nem em dons), não concordam com a Igreja (porque não faz o que ela quer na hora em que ela quer), não concordam com a Palavra Profética; enfim, querem apenas a satisfação de seus interesses e necessidades carnais sem reconhecer a realidade de um mundo espiritual e que este mundo tem uma ordem.

No lugar da viúva, o rebelde blasfemaria contra Deus pela morte do marido, iria até Eliseu para reclamar e não para pedir a bênção, e, ao invés de receber uma palavra profética e trabalhar por ela (v. 3-7), provavelmente iria exigir do profeta que ele mesmo, sozinho, fizesse tudo por ele, rebelde.

A palavra profética e as autoridades espirituais constituídas são bênção para a tua vida (Rm 13.1-7). Quem despreza a palavra ou o profeta “trará sobre si mesmo condenação” (Rm 13.2), “visto que a autoridade é ministro de Deus para o teu bem” (Rm 13.4).

Quebre hoje todo o espírito de rebeldia na tua vida, pois ele tem roubado a multiplicação que tem sido declarada pela palavra profética sobre você e a tua família.

3) atuação do espírito de isolamento
A viúva foi ao profeta quando já não via mais solução alguma na sua vida.

Não fique afastado da palavra profética, da comunhão na Igreja ou de um relacionamento íntimo com o Espírito Santo.

Não espere estar na miséria para lembrar-se do profeta, pois a multiplicação que Deus tem para a tua vida é para ser vivida em toda e em qualquer situação (Gn 1.28, na introdução).

COMO VIVER A BÊNÇÃO DA MULTIPLICAÇÃO
a) enxergue a tua verdadeira condição espiritual e declare bênçãos com a tua boca
Não tema mais as ameaças do “credor” que diz que vai tomar os teus “filhos”, a tua herança (v.1). Você é herdeiro da Palavra de Deus; você faz parte do povo de Deus, você está hoje recebendo um envio de multiplicação que vai mudar a tua vida.
Por isso, não diga mais que você é um miserável, roubado, que ainda vai perder o pouco que lhe resta porque você sobre você está a bênção do Senhor e o maligno não te toca. Declare esta verdade sobre a tua vida!

b) Entregue, com fé, o que você tem a Deus, como semente da multiplicação (v.2,4-5).
A viúva tinha apenas um pouco de azeite, mas ela fez o que o profeta disse a ela para fazer com os seus mínimos recursos.
Ouça a voz de Deus e consagre o que você tem de acordo com a palavra profética que vier sobre a tua vida. Creia que a ordem do Senhor não é para te deixar sem nada ou em miséria, mas para provar a tua fé, mudar a tua mente e te habilitar para um grande e surpreendente milagre.

c) trabalhe firme e receba os dons da unção profética da multiplicação
Eliseu não fez “chover azeite” sobre a cabeça da viúva. Ele derramou sobre ela, isto sim, um “azeite espiritual”, uma unção especial e sobrenatural que lhe trouxe capacitações que ela não tinha ou já tinha perdido para o desânimo, mas que ela viveria se fosse dedicada a trabalhar firme e com fé:

·         Unção para trabalhar (v.3; ir atrás das vasilhas);

·         Unção para receber ao favor dos homens (v.3; os vizinhos dariam as vasilhas);

·         Unção para unir a sua família no mesmo trabalho e para viver a bênção (v.4) e

·         Unção para viver a multiplicação abundante, acima da necessidade e do que a viúva tinha pedido (v.7).

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