O domínio do pecado não é uma mera força contra a vontade e os esforços dos que estão sob ele. Este domínio consiste principalmente na conquista da mente e de todas as suas faculdades, e especialmente da vontade, por meio de fascínio e tentações para os quais a natureza humana não está capacitada a resistir e vencer. Tanto que, ainda que alguém resista à prática consumada do pecado, todavia, o desejo permanece no interior do coração.
Por isso, ao se referir à nossa escravidão ao pecado, nosso Senhor afirmou que somente ele pode nos livrar desta servidão, uma vez que não há poder na nossa própria natureza para tal propósito.
Aquele portanto, que pode distinguir entre o que seja a natureza do pecado em si, e as meras impressões do pecado sobre a nossa mente e vontade, está a caminho da paz, porque certamente, sairá mais do que vencedor desta guerra contra o pecado, por meio de um viver santificado pela graça e aplicação da Palavra de Deus ao seu coração, pelo Espírito Santo.
Vê-se com isto quão importante é a prática da oração, da meditação na Palavra, da vigilância do coração, e de todos os demais exercícios espirituais que nos são ordenados por Deus para que tenhamos um viver vitorioso sobre todas as forças do mal, quer externas, quer internas.
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