Qual o seu conceito de Vencedor?

Na última mensagem sobre Jesus Cristo e seus “discípulos”, vimos que a legalidade, a aparência reina onde não há amor. Também vimos que é fácil apontar o dedo indicador condenando nossos irmãos, julgando o exterior, seguindo assim doutrinas de homens que não têm nada a ver com o que Jesus ensina.

Agora, seguindo a leitura o nosso Senhor afirma que nenhum discípulo está acima de seu mestre, mas todo o que for bem preparado será como o seu mestre. Sendo assim, percebe-se mais uma lição: além de aprendermos diretamente com o nosso Salvador e não com homens, entendemos que não somos superiores a Ele, que não somos melhores que Ele, e que devemos também tentar nos parecer com Ele.
Mas, como se tornar parecido com Ele se nunca o vi pessoalmente?
Essa semelhança que devemos ter com Aquele que se sacrificou por nós não se trata de uma aparência física, é lógico, mas de semelhança interior, na essência, no caráter, naquilo não somente que Ele disse, mas também, no que foi Encarnado, vivido, e acima de tudo *feito. Contudo, o que é ensinado é que somos cabeça e não calda, é que somos mais que vencedores, como se a vitória mencionada por Paulo, fosse uma vitória mundana.
Afinal: Foi Jesus de Nazaré um vencedor segundo o conceito que o mundo ensina?
Vamos recapitular um pouco do que Ele viveu e foi como homem: nasceu numa manjedoura; foi filho de carpinteiro e teve carpintaria como profissão; quando adulto, não tinha onde reclinar a cabeça, o que quer dizer que Ele não tinha casa própria… Não tinha casa própria? não! Andava ensinando às multidões e as vezes tudo que possuía para oferecer era alguns pãezinhos doados, e alguns peixes, salvava o povo pelo milagre da multiplicação. Mas peraí, é isso que o mundo ensina como vencedor? Creio que não! Na verdade o mundo e suas mensagens ensinam justamente o contrário: um vencedor segundo o mundo tem que nascer em um berço de ouro, deve ser filho de gente rica, deve ser um profissional de sucesso que trabalha algumas horinhas por semana e que ganha por cinquenta trabalhadores braçais, que tenha uma excelente casa, que conquiste o primeiro lugar na disputa, e etc..
Mas que contradição grande hein! mas, é pecado ter dinheiro? Claro que não! Devemos ser pobres para sermos discípulos de Cristo? Claro que não. Mas, o que devo ter em mente e perceber nos Evangelhos é que ser vencedor aos olhos de Deus, não significa o mesmo que ser vencedor aos olhos do mundo. O contraste é enorme! Jesus venceu a morte, mesmo sendo visto como perdedor crucificado pelos que N’Ele não creem. Foi o maior Sábio que esta terra teve o privilégio de receber, mesmo assim, considerado como herege por muitos.
Se Jesus foi assim, o que essas teologias de prosperidade tem a ver com o Evangelho? … Nada!
Ensinar prosperidade financeira se valendo da Bíblia é o mesmo que ensinar a construção de imagens, ou outras coisas, usando a Bíblia como argumento. Tudo não passa de vaidade e idolatria! Vaidade porque é uma premiação individual em detrimento do coletivo; idolatria porque é um culto a si mesmo (culto a pessoas ou coisas): primeiro eu, segundo eu, e terceiro, eu de novo.

Como dizia o apóstolo Paulo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E isso é ser discípulo, é ter o nosso Senhor, Aquele que nos disciplina, daí o nome discípulo, morando em nosso ser, em nosso coração, em nossas entranhas. Ainda que eu seja acusado, como Ele foi, ainda que eu seja incompreendido, como Ele foi, ainda que eu seja chamado de herege, como Ele foi… a única coisa que me aproveita nessa vida, é aquilo que em mim é parecido com Ele. Não que eu tenha nada de bom para oferecer a ninguém, mas estou ciente, que a menor manifestação de vontade em fazer algo por alguém, não vem de mim mesmo, mas do Espírito Santo que Ele prometeu que habitaria os que N’Ele creem – assim eu creio, e assim eu o convido a crer.
Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?
Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado. Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Romanos 7:24-25;8:1-2

Sou pecador sim, mas estou certo que nada me separará do amor de Deus que está Cristo Jesus nosso Senhor! Afinal de contas Ele me libertou e já não sou escravo, mas livre.

Comentários