Alguém pode pensar que é independente de Deus para que possa fazer o que é bom e aprovado.
Todavia, esta questão de fazer o bem inclui também o estado de nossa alma, a condição espiritual com que o praticamos.
Então é fácil concluir juntamente com o apóstolo Paulo que tudo o que é feito aparte da fé que conduz à comunhão com Cristo, é pecado (Rom 14.23).
Os crentes sabem muito bem qual é a diferença que há em suas vidas quando estão cheios do Espírito Santo, bem como quando estão vazios.
Não podemos, de modo algum, fazer o bem de modo aprovado, como Deus o
requer de nós, se não estivermos de fato com os nossos corações
purificados e cheios do amor, da paz e da alegria de Deus, e sendo
movidos pelo Espírito Santo em nossas ações e atitudes.
Para o mundo, boas ações podem ser consideradas como sendo um bem quando falta o que acabamos de citar no parágrafo anterior, mas não para Deus, que é o verdadeiro aferidor do tipo de amor e de bondade que deve existir em nós.
Spurgeon, muito nos ajuda no aprofundamento do conhecimento desta verdade, na citação a seguir que extraímos de um dos seus sermões:
Para o mundo, boas ações podem ser consideradas como sendo um bem quando falta o que acabamos de citar no parágrafo anterior, mas não para Deus, que é o verdadeiro aferidor do tipo de amor e de bondade que deve existir em nós.
Spurgeon, muito nos ajuda no aprofundamento do conhecimento desta verdade, na citação a seguir que extraímos de um dos seus sermões:
“E, da mesma forma que o plano provém de Deus, e o pagamento provém
de Deus, também tudo provém de Deus quanto à aplicação e ao
esclarecimento na consciência de cada um. A cruz de Cristo não é
simplesmente levantada à vista de todos e depois deixada lá para cada um
decidir se quer ou não olhar para ela. Ela continua sendo livre para
todas as almas viventes; no entanto, Deus determinou que ela não será
negligenciada. Há um número, que ninguém pode contar, daqueles que serão
constrangidos pela graça a abraçá-la como a esperança da alma. Jesus
não morreu em vão, porque Deus tornará os homens dispostos no dia do Seu
poder. Eles são duros, mas Deus pode quebrantar seu coração; são
obstinados, mas Ele pode dobrar seus joelhos; eles não virão, mas Ele
pode fazê-los vir. Deus tem a chave que pode dar corda ao coração humano
e fazê-lo andar como Lhe apraz.
Não pense que o homem é um ser independente, tão livre que Deus não
possa controlá-lo; que, quando Se fez homem, Deus deificou a humanidade e
deixou de lado a Sua própria divindade. O homem é livre para ser
responsável, mas não está livre da sua constante tendência e inclinação
para o mal. No entanto, ele está sujeito à restrição ou limitação de
Deus. Se ele age certo, é pela restrição de Deus, não pelo seu
livre-arbítrio. Quando ele age errado, Deus o deixa por sua própria
conta; mas, sempre que age certo é porque a mão de Deus está com ele. O
homem, por natureza, é como um cavalo chucro correndo em direção ao
precipício; se é detido e desviado do perigo, é porque tem um ótimo
cavaleiro, o qual sabe como puxar as rédeas e guiá-lo para onde quiser;
e, mesmo que o cavalo empine e escoiceie, e queira mudar de direção, o
cavaleiro consegue dominá-lo e virá-lo, fazendo-o ir como Ele deseja e
conduzindo-o como Lhe apraz.
Nessa questão, a verdade é que todo esclarecimento do evangelho para a
alma do homem provém de Deus. E não é só isso. As obras da nova criação
provêm de Deus não só no planejamento, aquisição e aplicação, mas
também na sua preservação. Deixe o cristão preservar, por si mesmo, a
graça conquistada, e ele estará perdido. A chama se acenderia, mas o
sopro do diabo a apagaria. O combustível está queimando, mas corte a
ligação entre ele e o gasômetro, e a chama se apaga. O cristão vive, mas
é porque Cristo vive, e porque ele é um com Cristo. Ó, Senhor, se
cessasses de enviar as correntes da Tua graça, a Tua gloriosa igreja,
com toda a sua beleza, seria como uma flor caduca; toda a sua força se
desvaneceria de fraqueza, e ela mesma, apesar de ser como uma torre em
sua glória, ruiria até o chão e jazeria no leito de pedras do vale. Na
preservação, tudo provém da graça, e assim, tudo provém de Deus.”
Esta nossa dependência de Deus demanda que estejamos cheios do
Espírito Santo, que tenhamos experiências reais com o Seu poder atuando
em nós. Mas isto implica também na prática das ordenanças da Palavra de
Deus, as quais devem ser conhecidas e habitar ricamente em nossas mentes
e corações, para que possam ser aplicadas pelo Espírito na nossa
santificação.
Um crente cheio do poder do Espírito Santo, em decorrência de uma visitação sobrenatural, pode ainda cometer muitos erros e males, ainda que queira praticar o bem, quando não conhece o modo pelo qual convém se comportar e se relacionar com o seu próximo, conforme se encontra prescrito e revelado na Palavra de Deus.
Um crente cheio do poder do Espírito Santo, em decorrência de uma visitação sobrenatural, pode ainda cometer muitos erros e males, ainda que queira praticar o bem, quando não conhece o modo pelo qual convém se comportar e se relacionar com o seu próximo, conforme se encontra prescrito e revelado na Palavra de Deus.
Daí Jesus ter intercedido pela nossa santificação pelo Espírito Santo, mas não aparte da aplicação da Palavra de Deus em nossas vidas pelo mesmo Espírito (Jo 17.17).
Por isso é tão importante que nos apliquemos em estudar e meditar na Palavra de Deus em todo o tempo, e buscar crescer no conhecimento da verdade através da leitura de bons comentários bíblicos.
Fonte:https://estudos.gospelmais.com.br/
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